Observação
O filo Cnidaria, ao qual pertence o animal exposto, é um grupo altamente diversificado, que inclui medusas, anêmonas-do-mar, corais, Hydra, caravelas e muitos outros, tendo-se cerca de 13.400 espécies de cnidários atuais descritos, com 3.500 espécies da classe Hydrozoa. A Caravela-portuguesa, do gênero Physalia, pertence a classe Hydrozoa, na qual estão os hidrozoários, que possuem a forma de pólipos, animais sésseis que formam uma colônia de indivíduos, e de medusas, que são livres e se movimentam na água. Assim, os hidrozoários podem ser pólipos ou medusas, ou ainda, podem passar por esses dois estágios no seu ciclo de vida, sendo as caravelas e as hidras os tipos de hidrozoários mais conhecidos. A Caravela-portuguesa, em discussão, pertence a ordem Siphonophora, que apresenta uma grande variedade de espécies incomuns, como a Caravela-portuguesa, que é comumente confundida com as águas-vivas, porém não são águas-vivas. Pois apesar de aparentarem ser um único animal, na verdade são uma colônia de indivíduos especializados e geneticamente idênticos, ou seja, os chamados pólipos, possuindo diferentes funções. Contudo, todos trabalham juntos, não sobrevivendo de forma separada. Quanto ao seu aspecto, a Caravela-portuguesa parece-se com uma grande bexiga e apresenta tentáculos muito longos que apresentam as chamadas cnidas, estruturas urticantes localizadas cada uma dentro de uma célula denominada cnidócito, que injetam veneno quando em contato com alguma superfície, sendo uma ameaça aos nadadores durante os meses de verão nas regiões costeiras de todo o planeta, podendo causar lesões dolorosas. Mas, apesar do seu poderoso veneno, estas são presas vitais para outros animais. Elas flutuam em mares tropicais e subtropicais, como nas águas do Índico, Pacífico e do Atlântico.